INSPIRAÇÃO

Ás vezes só um pensamento

Já entreabre meu eu profundo

Devoro então, minhas dores

Engulo a dor do mundo

Desmancham-se os soluços

da alma, acende-se uma luz

O espírito se aquieta

Desço de minha cruz

A coragem me incita

Abro a porta para a rua

Já não tenho tribulações

Seduz-me o brilho da lua

Invade-me a inspiração

A caneta célere trabalha

Parece enlouquecida

Nos impulsos de minha mão

As palavras dançam na mente

Sofregamente, uma a uma,

Deito-as no papel

Nuas, molhadas e quentes!

Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 10/03/2007
Reeditado em 18/02/2017
Código do texto: T408050
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