Que Loucura!

Olhei em frente,

Enxerguei rostos diferentes.

Olhei para os lados,

Quantas pessoas estranhas!

Atrás de mim,

Quantas pessoas esquisitas!

E embaixo e emcima,

Tantas pessoas e eu não as conhecia!

Senti meu corpo começar a mudar.

As pernas já não eram mais pernas,

Estavam misturadas com o abdômen.

Os braços já não eram mais braços,

Perderam a forma misturados com o tórax.

A cabeça já não era mais cabeça,

Porque não tinha rosto e nem pescoço.

De repente,

Já não tinha mais forma.

Transformara-me em uma massa inerte.

Os sentidos não funcionavam mais.

Só a mente ainda respirava.

Nesse momento era só pensamento.

Agonia e muita dor causada pela falta de uma forma.

Então, em um último desespero, ansiando pela vida,

Consegui arrastar toda aquela massa inerte,

É a mergulhei dentro de mim.

Nadei pelas minhas veias,

Até atingir o coração.

Fui expelido... Expulso pelas artérias.

Não acreditava naquela bizarrice.

Desesperado, peguei minhas mãos,

Levei-as aos olhos,

Esfreguei-os e as janelas se abriram!

Só nesse momento,

Percebi que o tempo todo,

Estava em frente a um espelho.