Vomitando poesia

No cárcere obscuro

Onde aprisionei minha alma

Não quero janelas abertas

Nem frestas com luz

Prefiro a saudade fria

Dos belos tempos azuis

Corroendo meus restos

Quero a eterna agonia

De saber que não presto

Pra ser amada por ti

Me encontro no momento

Num lugar distante

Sem trilha, sem terra

Num mundo cinzento

Sem chave, sem abertura

De onde eu não posso sair

Quero sentir a tortura

De não sentir teu calor

As minhas dores de amor

Onde eu só posso gritar

Onde eu jamais cantaria

Quero morrer assim

Na covarde escuridão

Vomitando poesia

Ana Maria de Moraes Carvalho
Enviado por Ana Maria de Moraes Carvalho em 17/04/2013
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