Dona de nada

Não sou dona do que escrevo

Escrevo pra espantar meus pensamentos

Pra segurar aquele momento

Em que tudo respira teu ser

Escrevo pra não me lembrar

Que o que me resta sou eu

E essa imensa angústia de amar

Escrevo para ganhar as migalhas

Dos que passam e se deixam ficar

Pelos meus caminhos, meus trapos

Tão rotos, gastos, cansados de chorar

Escrevo pra salvar minha vida

Que sem letra, sem poesia, sem música

Nada seria, pedaço de um vazio

Nave sem porto, sem mar, atolada

Saiba que neste momento

Não sou dona de nada

Presente de meu amigo, o doce poeta F SANTOS:

Quem sabe eu não seja mesmo

Dona de nenhum pedaço

Mas se restar meio abraço

Um pinguinho de ternura

Um restinho de loucura

O resquício de um beijo

Até o mínimo ensejo

Pra suspirar os meus ais

Um sonho do ano passado

Que ainda me venha à lembrança

Qualquer coisa de esperança

O que posso querer mais...?

PS: valeu amigo querido, você acrescentou mais brilho ao meu cantinho.

Presente de meu amigo Poeta São Beto:

....Eu me contento com pouco

E pouco tenho de meu

Somente algumas lembranças

Do encanto que se perdeu

Levo um naco de esperança

Na minha pobre bagagem

Além da cara e a coragem

No alforje, quase nada

Os sonhos e desvarios

Que recolhi pela estrada

No coração um vazio

A espera de um bem querer

Caso eu venha merecer

Aceito um gesto, um olhar

Uma palavra, um alento

Qualquer coisa pra sonhar

Que alguém em algum lugar

Me guarda em seus pensamentos.

Querido amigo São Beto você é um verdadeiro poeta, eu sou apenas uma "escrevinhadora" de sonhos. Obrigada. Mil beijos

Ana Maria de Moraes Carvalho, F SANTOS e SÃO BETO
Enviado por Ana Maria de Moraes Carvalho em 17/04/2013
Reeditado em 08/05/2013
Código do texto: T4245453
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