POEMAS DOCES

Qualquer poema é assim

um tiro no escuro

um grito na noite

gatos se amando

nos telhados

e no quintais,

luares, talvez estrelas

algumas caindo do céu

engolidas pelos oceanos

e se tornando peixes

mortos no seu âmago

desenfeitando a paisagem

abissal de suas montanhas

molhadas,

destarte os poemas

se imiscuem no azul

profundo dos olhos

da morena linda,

descem ousados

por seus curvilíneos

corpos esculturais

e desaguam no

mais puro e saboroso

de seu paraíso,

ali bem entre suas

coxas alvas,

também se alastram

por entre jardins

e semeiam flores

elaboram perfumes

recebem ósculos

de beija-flores

enamorados

e borboletas

extasiadas,

poemas brotam

dos dedos dos poetas,

fugindo de seus

lívidos corações

apaixonados pela

fantasia da vida,

pelo fulgor da

doce magia,

poemas nascem

e não morrem,

são eternos,

tesouros do tempo,

amores da alma,

alimento do espírito.

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 18/05/2013
Código do texto: T4296851
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