Vadiagem

Sou dessa eternidade tão vadia,

Que me leva em sua mão inválida,

Consome minha lágrima tão cálida,

Último resquício de dor vazia.

Andanças de uma memória esquecida,

Etéreo caminho da idéia sem guia...

Qualquer vadiagem na noite sombria,

indica os passos de direção perdida.

Penso, posso, páro...

Quero, esmero, olho e espero,

Peço, peno, não sou de ferro...

Neste palco encenamos e caminhamos...

Lutamos. Permaneço.

Não sou de aço,

Vago, vou...

No vício delibero,

Vejo, viajo, vendo meus espaços...

Vivamos mais, sem bom senso...

Nestes mundos vastos,

Aqui neste mundo imenso...