A Morte do Eu

É preciso matar para viver

matar tempo

matar medos

matar sentimentos

O eu nos consome

a construção deste personagem

nos prende em uma percepção

limitada da realidade

Passamos a vida fugindo da solidão

nos perdendo em uma busca por aprovação

mas no fundo

estamos sempre sozinhos com o nosso eu

ele é a nossa única constante compania

nos fixamos tanto nesta identidade

que a vida perde o sentido sem ela

Temos medo de perder a beleza de ter medo

de perder o apego

de perder a ilusão

permanecemos então atormentados no conforto do desconforto

Somos servos de nossa própria identidade

só a morte

nos trará

a plena liberdade.