Delírio

Num vilarejo na Dzungária

Entre radiantes e inebriados calmucos

Tomei um talagásso

No badalado Bar Rabás

Suspiro:

Com quantos lírios

Confecciono um delírio?

Entre martinis ou martírios?

Entre um e outro caraminguá

colibris insinuam um jazz

dependurados

nos meus cílios

formigas em chamas

percorrem o meu corpo

absorto

colhendo salsinhas e cebolinhas

no horto

vamos navegar em caras velhas

ou entre velhas caras?

O calmuco me perguntou

Você conhece o Fabimês?

Disse-lhe não, só o Fabi Ano

E o Cristi mês?

No Brasil só CristiAno

Com palavras construo impérios

badulaques e iguarias

mas é só ela

jogar os cabelos pro lado

para derrubar

minhas dinastias

O calmuco comediante

olha a platéia

entusiasmada

e solta:

Já vi muita coisa a granel

Mas, nó – cego , jamé

a platéia riu pouco

??????????

Sejam muito bem vindos em :)

poesiasegirassois.blogspot.com