SOB MEU VÉU
Não distingo minhas próprias cores,
mas delineio tons que querem contemplar.
Não sinto meus próprios cheiros perfídicos,
mas propago aromas que querem aspirar.
Não percebo minhas tempestades ególatras,
mas venteio brisas sobre sonhos incautos.
Não sinto meu corpo pálido e rasurado,
mas tateio curvas libertinas de azaléias soturnas.
Não sinto meu andar decrépito entre pedras afiadas,
mas percorro imaginários telhados de cetins.
Não percebo minhas propagações escabrosas,
mas estrio liberdades com jugos severos.
Não me atento a discursos pregados aos ares,
mas regurgito futilidades às avessas.
Não creio meu Deus.
mas propago um Deus que liberta dores.
Nascituro a romper harmonias com cânticos bêbados,
sequer me creio, mas me faço crer em quimeras cortinadas.
Péricles Alves de Oliveira
mas delineio tons que querem contemplar.
Não sinto meus próprios cheiros perfídicos,
mas propago aromas que querem aspirar.
Não percebo minhas tempestades ególatras,
mas venteio brisas sobre sonhos incautos.
Não sinto meu corpo pálido e rasurado,
mas tateio curvas libertinas de azaléias soturnas.
Não sinto meu andar decrépito entre pedras afiadas,
mas percorro imaginários telhados de cetins.
Não percebo minhas propagações escabrosas,
mas estrio liberdades com jugos severos.
Não me atento a discursos pregados aos ares,
mas regurgito futilidades às avessas.
Não creio meu Deus.
mas propago um Deus que liberta dores.
Nascituro a romper harmonias com cânticos bêbados,
sequer me creio, mas me faço crer em quimeras cortinadas.
Péricles Alves de Oliveira