Mudas palavras

De que boca saiu o som

Com que estranheza segui em frente

Na beira da estrada fria, cinza, distante

Chorei baixinho muitas lágrimas quentes

Queria dizer e não pude

Preferi olhar o destino, a ponte

Sabia que havia passado

Como são passados nossos momentos

Sigo, levanto e vejo o reflexo

Dentro da folha seca que caiu

Vento frio corta meu corpo

Reparte em partes e leva

Leva contigo a dor da saudade, lembrança

Deixa meu pensamento vazio de esperança

Vai ficar a escrita num canto do muro

Para alguém que depois vier assim saber

Que naquele espaço de tempo que passou

Alguém esteve ali, sonhou e amou.

Ana Maria de Moraes Carvalho
Enviado por Ana Maria de Moraes Carvalho em 24/07/2013
Código do texto: T4402161
Classificação de conteúdo: seguro