Sono existencial

Noites em claro

dias sem vida

tudo é cinza e parado

na terra dos mortos vivos

Os olhos ardem

a escuridão escorre

pelos buracos da mente suburbana

cansada de si mesma

e daqueles que a controlam

O coração foi enganado

iludido por mentiras convenientes

segue enclausurado

em um mundo que não lhe pertence

Privatizaram a liberdade

e venderam o amor

por um preço

que ninguém conseguia pagar

Das brigas sobrou sangue

das competições, sobrou derrotas

da rotina sobrou angústia

da vida, sobrou nada.

Diego Paim
Enviado por Diego Paim em 30/09/2013
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