Menina com uma taça na cabeça

Menina no meio do caminho

Morrendo de sede e vivendo de luz

Bebendo o sol e de noite as estrelas

Comendo a aurora e chupando os dedos com gula

É chegada a hora da festa

E então se veste maltrapilho cobrindo somente a inocência

E deixando as vistas uma alma menina pequena

Deram-lhe uma taça e nem um pouco de vinho

Mas vinha pela estrada a caminho de volta pra casa

Com a taça cheia de livros

Debulhando com os dedos as palavras

E vez por outra joga um bom bocado na boca

Mastiga e mastiga e então ressurge nos olhos

Um novo sabor de uma velha esperança

Paulo Marcos
Enviado por Paulo Marcos em 17/04/2007
Reeditado em 19/04/2007
Código do texto: T453529
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