As rosas que eu não pedi

Não é essencial o perfume das rosas

Prefiro o cheiro selvagem do perigo

Talvez o abrigo sem teto seja o lugar

Ou quem sabe o chão que me falta

Talvez a falta de passado me assuste

Mas o futuro que se abre é óbvio demais

Deixe-me a dúvida do que fazer quando chegar a hora

Procure minha boca que estará a tua espera

Não tente adivinhar o que me fará fera

Queira-me mansa, guardo poesias nas mãos

Quanto às rosas? Deixe-as no umbral quando entrar

Ana Maria de Moraes Carvalho
Enviado por Ana Maria de Moraes Carvalho em 05/11/2013
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