Teu pesadelo, Eu

Meus versos te pertencem amor meu que não conheço

Estranha forma que desenho sem medo, sem nexo

Eu, que em tua leve e estranha memória amanheço

Me encontro no meio de um sonho que nunca quis ter

Sem nenhuma lembrança do hiato que vivemos

Canto e toco canções douradas para o sonhado amanhecer

No meio de redes, letras, abismos, monstros e vampiros

Sou pequena, mínima, arrogantemente insignificante

Sou o “mote” para outros versos que eu mesma inspiro

Quem sabe o teu pesado tão leve e tão constante?

Linda interação poética de meu querido amigo Jayme O Filho:

Breves, momentos leves, como neve, acariciam,

Sonhos, se permitem estreitos, como nuvem, extasiam,

Dores, de muitos sabores, como névoa, silenciam,

Amores, de um sonhador, como quimera, se distanciam.

Ana Maria de Moraes Carvalho
Enviado por Ana Maria de Moraes Carvalho em 05/11/2013
Reeditado em 17/11/2013
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