Oceano de Sangue

Aurora da vida

Crepúsculo da morte

Contagem divina

Momento tão temido

Nadando desenvolto

Em oceano de sangue

Oceano que a tantos afoga

Implacável força corrente

Força que a mitos abraça

Em sangue gloriou-se Aquiles

Com sangue honrou-se Ulisses

Em sangue Cristo chorou

Com sangue Fausto assinou

É a chamada final

É a história que se constrói

Em camadas profundas

Dorme guardião em carbono 14

Lampejos do fio do machado

Em consciências adormecidas

Liberdade e vida

Liberdade ou morte

Verdades iluminadas

Inimigos revelados

Abraços em armas

Chocam-se bramidos

Tremem-se orgulhos

Os campos exibem perdas

Os campos borbulham sangue

Vitória tornada em derrota

À glória restam abutres

Impõe-se o tempo

Senhor de todos os desenganos

Também em sanguinária sede de lobos

Ali se acha a marca do sagrado

Pois que é Suprema Lei

No tabuleiro cósmico da vida

Reine imponente, frio cajado da morte

Isaque
Enviado por Isaque em 15/11/2013
Reeditado em 09/10/2022
Código do texto: T4571433
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