MEDITAÇÃO

Estando eu meditando,

Sentado esperando o estio!

Vendo o barco ferindo,

As mansas águas do rio!...

Do outro lado da margem,

Vi da mata a silhueta,

O barco riscando a água

E o boto em pirueta!...

Vindo pro lado de cá,

Um tanto descontraído,

Sentindo no rosto a brisa

E a luz solar refletida!

O barqueiro sorridente,

Falava explicava tudo...

Os turistas admirados,

Num silêncio quase mudo!

Detalhando tudo ia,

E um estrondo ocorreu,

Com os olhos esbugalhados,

O pobre quase morreu!...

Se recompondo do susto,

Ele então apareceu...

Explanando aos visitantes,

Como tudo ocorreu!...

Voltando a meditação,

Fechei os olhos e pensei:

Se eu soubesse voar,

Seria rápido, cheguei!...

Como não tenho o dom,

Nem nasci para voar,

Vou andando, passo a passo,

Pois nem mesmo sei nadar!...

Se não me seguro na água,

Como vou ficar no ar?!

Só mesmo em pensamento,

Ficaria a flutuar!...

João Correia
Enviado por João Correia em 23/11/2013
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