MEDITAÇÃO
Estando eu meditando,
Sentado esperando o estio!
Vendo o barco ferindo,
As mansas águas do rio!...
Do outro lado da margem,
Vi da mata a silhueta,
O barco riscando a água
E o boto em pirueta!...
Vindo pro lado de cá,
Um tanto descontraído,
Sentindo no rosto a brisa
E a luz solar refletida!
O barqueiro sorridente,
Falava explicava tudo...
Os turistas admirados,
Num silêncio quase mudo!
Detalhando tudo ia,
E um estrondo ocorreu,
Com os olhos esbugalhados,
O pobre quase morreu!...
Se recompondo do susto,
Ele então apareceu...
Explanando aos visitantes,
Como tudo ocorreu!...
Voltando a meditação,
Fechei os olhos e pensei:
Se eu soubesse voar,
Seria rápido, cheguei!...
Como não tenho o dom,
Nem nasci para voar,
Vou andando, passo a passo,
Pois nem mesmo sei nadar!...
Se não me seguro na água,
Como vou ficar no ar?!
Só mesmo em pensamento,
Ficaria a flutuar!...