Amargura doce.

O que será de mim que sinto esse amargo

Doce afago de dor que me queima...

O que será de mim?

Meus descaminhos

Espinhos a me ferir

Esse viver que insiste

Quando eu nem mais quero!

O que será desse meu fim

Cheio de recomeços não desejados?

Esse viver disforme

Dor enorme,

Vida sem vida...

O que será de tudo que ainda insisto em ser?

Se sei que caminho para o fim

E o fim demora-se...

Eu não desejo adiar o inevitável

E é só, queria apenas desfazer

Qualquer laço, qualquer nó.

Elenite Araujo
Enviado por Elenite Araujo em 03/12/2013
Código do texto: T4597034
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