POETA K

O poeta bebe de si mesmo

a palavra que o consome

a conta gotas...

Devora a palavra que o

regurgita...

Toma o licor mais forte

que lhe oferecem como

remédio... pois o vinho prodigioso

não quer sair da garrafa...só

entorpecimento aperta-lhe

o senso...

Come a comida mais estragada...

aquela encontrada no chão...

aquela que náo é mais comida...

E o poeta se embriaga

de si mesmo...quando

acontece quase nunca

retorna dessa proeza...

E quando se consome,

quando devora a própria

consciência...,quer ser imortal,

mas não chega a ser, não

alcança ser o que nunca

será, o que não pode ser...!

Alkas
Enviado por Alkas em 04/12/2013
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