PROCURAS
O sangue corre, a vida morre no tempo que passa.
O mangue seca, o homem peca, na carne a massa.
O eterno acaba, o terno amassa e o linho desbota.
O vinho envelhece, o dia amanhece, uma nova quota.
Recomeço, tropeço e percalço
Poema, poesia e dança
Arte do corpo de pé descalço
O canto, o pranto e a lança
A arma, ferramenta do covarde
É tarde castigo imposto à revelia
Sem a coragem de estender a mão
A voltagem do choque mataria.