O Sentido

Vem, pausadamente, o dromedario da noite,

Com sua corcova de luzes,

Com seu olhar de lua altiva.

Chega pausadamente.

Até seus olhos , lago azul, fronteira.

Chega e empurra, e anda, e entra, e sobe

e afunda até a concha a onde, ferido

tique-taqueia o cérebro.

Chega manso e sorrateiro,

até a onde dorme desprotegido o sentimento.

E faz descer de sua corcova,

o turbilhão de paixões, e sentimentos,

que povoam nossas vidas.

2007/04/24