À PLENA LUA

Todos os meses na lua cheia

Sua parte animal era mais evidente

Abria as janelas e apagava as luzes

Deixava sua silhueta instigando a gente

Olhávamos sob hipnose, a sua cadência

Seguíamos o ritmo dos seus sons singulares

E algo intenso, queimava-nos por dentro

E por vezes, transfixava-nos os seus olhares

E a cada figura, era como se tomados fôssemos

Por uma energia que não podíamos controlar

Imaginávamos em tantos movimentos contigo

E já pensávamos ansiosos no próximo luar

Sonhávamos n'outras luas com tuas medidas

Desejando afoitos, teus beijos de senhora

Meninas já não enchiam mais nossos olhos

Se dependesse de nós, a lua cheia seria agora

A plena lua encanta-te e tu encanta a nós

Inspirando-nos intensas e profanas fantasias

Instiga-nos desejos além do nosso controle

Mágica esta lua, que a outros, só alumia.

POETA URBANO
Enviado por POETA URBANO em 15/01/2014
Código do texto: T4650381
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.