Salvador Dalí
CAI PIRA!
Caem ruínas
da minha boca dizente
É só!
Ruído de gentes
Tão só!
Batida de dentes
Uma caipira!
Roçando o desejo
da loba
à sombra de todos
os lírios.
À noite, absintos
Milhares se erguem
nos talos de céus
Renasce a pira.
Eu
só
caio
pirando
a lira
Eliane Triska
15/01/2014 Canoas/RS