Soneto do "Verso Indescritível"

Ai! que versos perversos!

Tento criá-los, reinventá-los:

Eles teimam em permaner

Escondidos em meu esquecer...

Ditos de frente ou em reversos

Não posso vê-los nem aumentá-los.

Submisso ao apressado percorrer

Da pena nas linhas ao escrever

Sinto o frio do silêncio

Do vazio do meu ser

Nesta busca indescritível.

Preciso me recompor: Silêncio!

Percebo o soprar de vozes de um Ser

À me dizer o "Verso Indescritível"!

Canindé,CE. 03 de Setembro de 2005.