O presente como ele sabe “ser”

Enquanto busco respostas imagino perguntas sem sentidos

Para justificar minha presença diante dos acontecimentos

Jogo fora sem penar um passado que não me pertencia

Quero estar lá, preciso chegar logo ali, necessito partir

Preciso me provocar para poder dizer o que penso sem medida

Quero me ouvir, mas há uma voz que me cala sempre que tento

Escrava das incertezas não sou sutil e nem princesa, sou “uma”

Invariavelmente alguém que ninguém espera na beira do caminho

Vou seguindo e contando quantas pedras ainda faltam pra chegar

Sou sem beira nem eira, nem trato ou maneira, beiral em ninho

Muitas vezes aqui sozinha penso e sinto falta de escutar

Não me interessa o tempo que vai levar, não quero saber o fim

Só quero fazer parte da história, de alguém, de um lugar.

Ana Maria de Moraes Carvalho
Enviado por Ana Maria de Moraes Carvalho em 14/05/2014
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