HABITAT DA VIOLÊNCIA
HABITAT DA VIOLÊNCIA
Os jornais suam sangue
Cortaram a jugular de alguém
Diz a avó sexagenária:
- Para que um nome?
Fala a avó para ninguém:
- É só mais um morto
A avó alquebrada desabafa:
- Ufa! Assassinado... não de fome
Todos sabem do fosso e quem o habita
Não é violência secreta
Nem tão pouco a maçã proibida
Na noite se disfarçam de fantasmas
Á espreita muitos vadiam
Nem mesmo triunfam em segredos
Enquanto alguns dormem na tempestade
Almas impelidas umas contra as outras