O escutador de chuva






Gostava,assim, das grandes ventanias,
Dos retorcidos galhos, frutas maduras...
Da poderosa procela,contudo,nada sabia.
Mas na calmaria,escutava, da voz a chuva.

Alegre tilintar sobre a correnteza do rio,
Notas musicais duma estranha sinfonia,
E minha alma aflita em alucinado delírio,
Dos finos pingos d‘água,enfim tudo,ouvia!

'"Negras nuvens esmagaram flores do caminho!
Tempo do vazio rejeitando perdida esperança,
Arrancaram amareladas folhas do triste azevinho.
Deveras,auscultava chuvoso pranto de criança..."

A bátega me parecia inacabada melodia,
Radiante clarão alumiou minh’alma querida
Ah!As aflições findaram na duração de um dia...
Ouvi,então,das gotas de chuva, real bem da vida!