SOU

Ontem

Estava convencida que sabia,

Quem era.

Oh! Pura ilusão!

Que erro o meu!

Hoje,

Não sei quem sou.

Nem posso saber.

Espero o acontecimento,

Na incerteza do tempo.

De mim,

Só o meu nome sei dizer,

Pouco mais posso saber.

Sou apenas gente,

Que nasce para morrer

Hoje, um dia...

Numa fuga vã,

Na traição do pensamento

De hoje

Que morre amanhã...

Sou apenas como o vento

Que não se vê, só se sente.

Sou como o pensamento

Que se oculta na gente.

Sou como alguém que cai

Arrastada pelo vento.

Sou como o eco de um ai

Ou suspiros do sofrimento.

Mas afinal quem sou eu

Que não sou chuva nem vento.

Sou um dia que escureceu

Ou noite perdida no tempo.

Sou som que não soa

Sou luz que não ilumina.

Sou ave que não voa

Sou rio que ali termina.

Sou pena solta a voar

Que da ave se depenou.

Vôo suspensa no ar

Sou pena, que a ave deixou...

ETERNAMENTE AMANTE ENIGMÁTICA
Enviado por ETERNAMENTE AMANTE ENIGMÁTICA em 15/05/2007
Código do texto: T487783
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