Frustrações de Frida

Eu quero sentir até onde você pode chegar

Minha ansiedade clama por sua disposição

E meus olhos prontos estão a cegar

Tantos anos de peregrinação

E meus ossos não querem descansar

Somente seu desejo é a praia onde quero aportar

Fui senhor de todos os títulos

Minhas memórias, mausoléu de tantos prostíbulos

E hoje venho como a tormenta a abalar seus sentidos

Sorvendo em êxtase a vida a escorrer em seu suor

Rindo dos puritanos a fugir da tentação,

Deusa que me estende o cálice no furor da satisfação

Vomitando frustrações de Frida

Num cortante grito contra a noite

Na busca pela conquista da vida

Na escuridão, uma verdade que contém o choro

Calando os cordeiros num abate que comove o matadouro

Abrindo os portões da razão num só canto, num só coro!

Isaque
Enviado por Isaque em 16/05/2007
Reeditado em 30/06/2007
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