RUA MARIANA

Eu já decorei o tempo de tua chegada,

eu olhei na janela, e vi a chuva caindo,

eu olhei na janela, e vi você vindo.

Trazendo o teu abraço, lembrando que aqui estamos.

Nada vai passar, vendo a tristeza do teu olhar.

E serão todas essas as palavras que guardei a ti.

Pra que nada seja em vão, e a esperança que não morre.

Pela destreza do teu sorriso me desfiz em sangue no calvário.

Mas em teu nome eu erguerei força de sustento.

O muro é de metal, e a folha que balança ao vento.

Passada por detrás uma cerca, e pela frente mais areia.

Fiz a minha casa em teu chão, tanta fome que o meu eu anceia.

Reservo pra ti a paz, e a quietude,

deixei pra ti luz, e vela.

Água nem comida te falta.

Pois sem querer fui eu quem fiz conhecer o teu caminho.