EÇA.

EÇA.

Prazer em conhecê-lo, Eça!

Depois de ler “Basilio, o primo"

Chorei no funeral de Luiza.

Amaldiçoando o cretino.

Que vive hoje na França.

Rezando mera retórica.

Pisou na sua esperança.

Deixando-a careca e sem trança.

Prazer em te-lo aqui Eça!

Na minha sala, nos livros.

Nas estantes em arquivos.

Na mente e nos crivos.

No enterro dessa moça.

Que sofreu por amor.

Que morreu de tristeza.

Que mordeu sua dor.

Um Jorge corno servil, Eça!

Uma empregada avessa.

Com uma carta na manga.

Matou a linda princesa.

Nos idos quase do império.

Na inquisição da igreja.

Nos prantos de seus amigos.

Que toda alma aleija.

Eça, poesia enseja.

Apenas poder dizer.

Entender teus pensamentos.

E suspirar o saber.

Que eu trago agora no peito.

E inspirar com respeito.

Seguir a trilha contigo.

Na alma tua e nos livros.

Honorato Falcon
Enviado por Honorato Falcon em 18/05/2007
Reeditado em 19/07/2011
Código do texto: T492356