O ULTIMO DIA DE NOSSAS VIDAS
Oh tudo vem sempre de uma vez, e sempre em cima da gente
Você está cheia dos remédios anti-depressivos,
e dos calmantes sem validade,
e como será que acaba? será que verei minha casa de novo?
E como num livro que sabemos como tudo acaba,
quando as páginas são passadas e você se fixa para longe,
e me pergunta o que eu sinto, e eu te digo se eu realmente sei sentir.
E morro de novo, sem nunca deixar de viver nenhum dia.
Por que sei que esse é o ultimo dia de nossas vidas.
As vadias gritam, e se desviam de prédios flutuantes,
e de novo os jovens se jogam de dez andares.
E as ruas uivam de fome de mais carne,
ela sabe que nenhuma mentira é tão real, que não possa ser verdade
E sabe bem o que é isso,
E éramos da primeira turma a direita do banheiro,
odeio quando a lua me chama para fora,
e me faz refletir, e perder minha insensatez.
e você diz que não mais me ama,
e deixe esse corpo grande e frio,
amanhã, hoje e sempre,
deixe que a noite se põe pra fora.
O ultimo dia de nossas vidas,
não é um filme,
nem se quer um livro,
e não começou a ser,
o que eu imaginava acontecer,
ela sabe que não temos tempo pra nos conhecer.