ONDA VERA

Do que será do teu amor,

quando tudo for embora,

e se um dia eu mesmo me for,

como passaria tuas horas?

E como antes ou depois,

não mudaria até que em mim,

restasse nada de ti,

e como agora penso que sim.

E se seus braços parassem de responder,

suas pernas paralizadas de medo,

você diz que não gosta do frio,

nem do escuro sombrio.

Mas como você se sente agora que estou aqui.

Comemos do mesmo prato, bebemos do mesmo copo,

dormimos na mesma cama, andamos no mesmo espaço.

E agora você quer dar um tempo,

e me diz que não aguenta mais essa vida.

Vá! Leve tua alma, e teu espirito dormente,

desatine o nó que lacei firmemente.