Vida louca, vida

Ter a sensibilidade apurada

é meio complicado,

assim como um dente

sem a proteção do esmalte,

sob o impácto da água gelada,

só que nesse caso,

não se trata de cárie

ou de má escovação

e sim de vocação.

E lá se vão nossos ídolos.

Alguns com a aspereza do Agenor

e é claro que usava um pseudônimo

como cantor

e outros com a leveza

de um certo Renato,

cujo retrato,

guardo em minha mente

e em meu coração.

E se foram e se vão,

assim como também iremos.

Talvez com menos pompa,

como a ave tonta

logo após a estilingada.

O exorcista não expulsa o diabo.

Primeiro, o traz para si,

para depois decidir,

o que fazer com ele.

Ter a sensibilidade apurada

é muito complicado,

como o pára-raio

ou como serpentes no balaio

e distante do Butantan.

rodriguescapixaba
Enviado por rodriguescapixaba em 18/11/2014
Reeditado em 19/11/2014
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