....__Su(r)realidade?!
Fagulh´a areia resvalada em meus olhos
Urdida sob as mãos pegajosas d´oceano
Negrume líquido a adocicar meus sonhos
Dúbil sentinel´a planger-me aos cântaros
Devora meu intumescido peito arfante
Senhor dos tempos, reinol de meus prantos
Golpeia-me co´tua espada delirante
Cala-me, exaurindo meus mudos cânticos
Atraca-me num porto assombroso
Renovando mia intrepidez noctívaga
Disseca as entranhas e sangue venoso
Da encarcerada lagarta por aqui perdida
E as feridas do tempo não se cicatrizam
Sob incomensuráveis quimeras venenosas
Em empirismos filosofais que culminam
Incontidos no púlpito das sereias garbosas
Soa tal qual o início do fim
Desd´as prístinas atemporais
Soa lânguida a sinfonia de cetim
Catatônicas almas surreais