....__Su(r)realidade?!

Fagulh´a areia resvalada em meus olhos

Urdida sob as mãos pegajosas d´oceano

Negrume líquido a adocicar meus sonhos

Dúbil sentinel´a planger-me aos cântaros

Devora meu intumescido peito arfante

Senhor dos tempos, reinol de meus prantos

Golpeia-me co´tua espada delirante

Cala-me, exaurindo meus mudos cânticos

Atraca-me num porto assombroso

Renovando mia intrepidez noctívaga

Disseca as entranhas e sangue venoso

Da encarcerada lagarta por aqui perdida

E as feridas do tempo não se cicatrizam

Sob incomensuráveis quimeras venenosas

Em empirismos filosofais que culminam

Incontidos no púlpito das sereias garbosas

Soa tal qual o início do fim

Desd´as prístinas atemporais

Soa lânguida a sinfonia de cetim

Catatônicas almas surreais

Tiago Tzepesch
Enviado por Tiago Tzepesch em 28/11/2014
Código do texto: T5051878
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