Nas linhas do tempo

As vezes eu tenho o sentimento

Que o mundo quase acabou

E que o tempo

Apesar de passar cada vez mais ràpido

Parou

Como se ele estivesse suspenso

Paralisado

Em algum ponto indefinido da eternidade...

Olho em minha volta

E tudo parece irreal

Em alguns momentos um sonho maravilhoso

Em outros

Um pesadelo interminàvel

Olho para o cèu que parece desintegrar-se

E não vejo o sol

Mas um desfile incessante de nuvens e aviões

Jogando não sei o quê no ar

Tenho o sentimento

Que algo alem do infinito

Do que posso imaginar

Nos observa

Como se estivessemos sendo julgados sem saber

Quase como se estivessemos mortos

Pensando ainda viver

Vejo com tristeza a destruição dos seres vivos

Da Mãe Natureza

Dà para ver claramente

Quem ama e quem respeita a vida

Quem quer a guerra

Quem luta para a paz

Quem é livre

Quem é escravo

E muitos parecem mergulhados em uma indiferença total

Outros

Acreditando-se donos do mundo

Cometem horrores com total impunidade

Ficando cada vez mais ricos e poderosos

E tudo parece tão fàcil para eles

O rio da vida parece correr indiferente....

Serà ?

Algo em mim

E na morte das àrvores

Diz que não

O rio da vida tambem parou

Mesmo se continuamos a correr

Sem saber para onde ir

Talvez mesmo

Para nulle part

Ao que parece ser

Permaneço atenta

Nos dias

Nas horas

Nas làgrimas

No sonho que corre em minhas veias

È um eterno renascer

Uma història de amor que nunca termina

E como por milagre

Me faz ainda viver !

Rita De Aragão Santana
Enviado por Rita De Aragão Santana em 14/12/2014
Reeditado em 21/12/2014
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