Quando minhas asas crescerem

"Este amor invade minha vida, meu pensamento.

Este amor é uma ferida, que dói, como dez, como cem ferimentos."

Na clausura do meu existir, nada posso.

Não posso te amar, assim como não posso ser amada por você.

Mesmo assim meu atrevimento me faz apaixonada,

Vivo à espera de um movimento seu em minha direção.

Ando cultivando minhas asas, as mesmas que foram cortadas.

Preciso voar, mesmo que isso incomode.

Preciso voar, pois isso me permite tocar as estrelas.

Preciso voar, pois lá nas nuvens somos livres, eu e você.

Hoje à noite tentarei alçar vôo, pegarei carona em um cometa.

Quero passar diante de sua janela até que me veja,

Estarei te oferecendo uma carona na cauda de uma estrela.

Quero ir mais alto do que já fomos e ver se a paisagem te conquiste.

Enfim, se ficar deslumbrado pelo universo,

Quando minhas asas se fizerem grandes o suficiente, fundirei meu corpo ao teu,

Como perfeita criatura da simbiose, seremos nós, um só corpo a voar.

Voaremos por todo céu, por toda eternidade até que o amor acabe.

Mary Rezende
Enviado por Mary Rezende em 05/06/2007
Reeditado em 08/06/2007
Código do texto: T514811