Desde que o Saci-Pererê desistiu do folclore
A minha poesia tem a marca da simplicidade,
como todo brasileiro de pequena cidade,
lá do Espírito Santo, que de santo já não tem muito
e é por isso que é a minha poesia.
Cidade do interior, que também já se drogou,
nessa droga de país, abandonado pelos pais,
sujeito a doação, em plena comoção, mas ninguém o quer.
São muitos os vícios e o custo/benefício pode não compensar.
Já cheira cola, viciado em coca-cola, sem valorizar
o fruto do nosso guaraná.
A amazônia nos causa insônia e é insano quem decide.
Tudo incide sobre nós, tanto o bom quanto o mau,
mas só o mau consegue romper as barreiras e chegar
até a nossa mesa. A tangerina ficou, mas a cocaína passou.
Deus se cala e só se fala através da ANATEL.
A Luz Divina também tem conta
e a água não é mais benta. É barrenta, lamacenta
e isso quando tem.
O mito do LIVRE ARBÍTRIO desempregou o árbitro
e a arbitrariedade é matéria obrigatória na faculdade.
Chega de poesia.
Vou criar o mosquito da dengue,
pois esse um dia vai dar dinheiro.