Horas do Acaso
Oscilando o cromático
Pêndulo da vastidão,
Dos cetros enigmáticos,
Das horas de solidão!
Badalam na erma torrente
A virente solitude.
Versânica flor adurente
Das etéreas plenitudes,
Negros, níveos, rubicundos,
No crepúsculo baldado
Rorejando o sangue alado
Subvertido aos alvos mundos;
Fecundos, dessas lufadas,
Cicatrizantes das chagas.
Nautas do rio contristado,
Por estirpes abrasados
Na fulva luz da fogueira,
Vil, sem comiseração,
Aviltantes e fagueiras
Nas pautas da solidão!