Horas do Acaso

Oscilando o cromático

Pêndulo da vastidão,

Dos cetros enigmáticos,

Das horas de solidão!

Badalam na erma torrente

A virente solitude.

Versânica flor adurente

Das etéreas plenitudes,

Negros, níveos, rubicundos,

No crepúsculo baldado

Rorejando o sangue alado

Subvertido aos alvos mundos;

Fecundos, dessas lufadas,

Cicatrizantes das chagas.

Nautas do rio contristado,

Por estirpes abrasados

Na fulva luz da fogueira,

Vil, sem comiseração,

Aviltantes e fagueiras

Nas pautas da solidão!

Marquês Louback
Enviado por Marquês Louback em 07/06/2007
Código do texto: T517299