Por detrás das Cortinas

Olhei na janela do espelho

Pra ver a nuvem do tempo

Avistei o azul do semblante

Voando perto do vento

O horizonte formava o reflexo

A luz era a dona da altura

Um campo era de brilho

E o espaço era a moldura

O espelho mostrava tudo

E a janela se duplicava

Nada estava perdido

E nada se encontrava

No fundo daquele vidro

Transparecia a imensidão

Voavam folhados de prata

Por trás da imaginação

Na parede daquela janela

O espelho era a paisagem

De uma vida emoldurada

Nas cores de uma miragem

Telhados de pedra ao fundo

Imagens decoração

Olhei na janela do espelho

Para ver, talvez, um disfarce

Avistei uma vida intensa

No semblante da minha feição

Moater Paulon
Enviado por Moater Paulon em 08/06/2007
Reeditado em 24/06/2007
Código do texto: T518262