Ao Fim

Todas as armas,

foram sacadas,

e estão apontadas,

para a minha cabeça,

o alvo é invisivel,

a minha alma.

Estou sendo assaltada,

de mão armada,

a queima roupa,

querem abrir meu peito,

roubar meu coração.

Estou perdida,

no meio dessa guerra,

desarmada,

com a blusa aberta,

encarando no front,

com os olhos fechados,

braços abertos,

esperando o próximo tiro.

Ouço gritos,

e meu corpo caindo,

o chão se abrindo,

me engolindo.

Despencando pelo infinito,

nesse buraco negro,

nunca chega ao fim,

nunca chego ao fim.