A mancha de Sangue
Você está ouvindo?
Esse gritos,
todos na sua cabeça,
te levando a loucura.
Cale essas vozes,
tente se encontrar,
mas o que há em volta,
não te deixa pensar.
Parece uma arma,
apontada na minha cabeça,
pronta para atirar,
explodir os meus pensamentos,
e meus miolos.
A mancha de sangue,
tingindo a parede,
com o vinho tinto,
de todos os meus sonhos.
Escorrendo em largas gotas,
pingando uma a uma,
até o chão,
manchando o carpete,
com as minhas ilusões.
E os últimos batimentos,
ainda mais profundos,
ainda mais intensos,
empedrando todos os sentimentos,
cimentando o peito,
concreto coração.
Último suspiro,
última piscar,
último pensamento,
antes do apagar das luzes.
O fechar das portas,
o pôr-do-Sol,
o anoitecer.
Todos os dias,
no final das horas,
um tiro no meio da testa,
me faz esquecer.