Transposto em alvorada!

Um coração de gelo!

Assim sempre o viram...

Frio, gélido, isolado.

Ninguém perguntava se ele estava bem.

Ninguém !

E por isso sofria, só, na sua frialdade.

Gelo, vento, rodopios

Arrepios!

No coração, na alma,

Na dança da vida!

No fervor do movimento

O coração de gelo

Sucumbiu...

Deixou-se levar pelo ardor

E pelo sonho

Mas um sonho real

Que só a ele importava

Que só a ele devia reverência.

Os limites foram-se!

Os medos diluíram-se!

Da luz pálida, gelada

Surgiu imagem em cores

Do passado,

O presente, único, livre,

Transposto em alvorada!

Anna del Pueblo
Enviado por Anna del Pueblo em 01/05/2015
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