Portões de ferro
Isso que sinto não para de doer
Dói de forma linda,límpida;
é como se a dor fosse revestida por uma capa iluminada com lantejoulas cor-de-rosa.
No fim,já não se sabe qual foi o início
Para você,Para mim..
Tudo balela.
A menos que as dores fossem jogadas a distâncias e escadas
A menos que por hora tudo se perca e se pareça inúitl
Inútil é parar
Não pensando se vale a pena,se aconteceu a velha cena
Assim como não quis
Sim foi a resposta
O não foi esquecido,lançado ao vento e preso em portões de ferro
Na hora em que sair,o ofício triste;
araras que voam sem direção
Lagartas vivendo numa prisão
Como querer,se atrever
Tantas,Tantos
Muitos,Muitas
Além corpo,além mente
O vento dá sinais e vai embora
As pedras caladas ficam atordoadas quando o sol invade uma a uma devagar.