Portões de ferro

Isso que sinto não para de doer

Dói de forma linda,límpida;

é como se a dor fosse revestida por uma capa iluminada com lantejoulas cor-de-rosa.

No fim,já não se sabe qual foi o início

Para você,Para mim..

Tudo balela.

A menos que as dores fossem jogadas a distâncias e escadas

A menos que por hora tudo se perca e se pareça inúitl

Inútil é parar

Não pensando se vale a pena,se aconteceu a velha cena

Assim como não quis

Sim foi a resposta

O não foi esquecido,lançado ao vento e preso em portões de ferro

Na hora em que sair,o ofício triste;

araras que voam sem direção

Lagartas vivendo numa prisão

Como querer,se atrever

Tantas,Tantos

Muitos,Muitas

Além corpo,além mente

O vento dá sinais e vai embora

As pedras caladas ficam atordoadas quando o sol invade uma a uma devagar.

Ludmilla Castro
Enviado por Ludmilla Castro em 13/06/2007
Reeditado em 13/06/2007
Código do texto: T525605