Anjo da Morte

Sentado enquanto a observa,

Lê em seu livro minuciosamente,

Procurando pelo que passou ela

No tempo em que seu corpo era quente.

Soa como curiosidade,

porém, é parte de sua função.

Ceifar pode ser uma arte,

Se executada com atuação.

O anjo gosta de atuar

Um papel de juiz que não julga,

Fá-lo para aproveitar,

Dos céus, sua breve fuga.

Outra alma comum, uma boa senhora.

Com sua foice recolhe dela, essência.

Ergue suas asas e vai embora,

Finalizando, dela, atual existência.

Thiago José
Enviado por Thiago José em 28/05/2015
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