A MORTE DE UM FUMANTE PASSIVO

A morte de um fumante passivo,

Eu tentei não chorar.

A forma como ele se deitou e se calou,

Ele deitou e nunca mais falou,

A morte de uma garota de programa?

Talvez, ela merecia mesmo morrer.

Mas ela fazia o que fazia,

para poder ajudar seu pequeno filho.

Deitar-se no meio fio,

Pensando em como o mundo poderia acabar,

Dor, fogo e enxofre; não percam tempo nesta cidade

Onde ninguém mereceria estar.

Fumaça, por que você está aqui?

Tentando diluir em meras lembranças,

as coisas boas que me restaram.

TRAVERS BEYNON,

Você tem a mulher que quiser?

Você dirige seu carro enferrujado,

por entre as ruas dessa cidade,

que nunca pararam de chatear.

Óh cinzas

Me matem e me transformem em cinzas,

me transformem em lindas e passivas cinzas...

Nos olhos mortos de quem um dia eu amei,

Eu refaço os mesmos passos problemáticos.

Da nossa pobre vida secular,

Na porta minha mãe não para de chorar,

Não vou gastar meus calcanhares, correndo entre os carros.

Não vou dizer que um dia amei você, e que te quis,

mas era bom poder esperar por alguém,

o bem de que nunca fiz.