Papel Cibernético

O que seria deles sem você papel?

Tu como confidente paciente escuta o que lhe é dito

Tu sabes dos desamores, dos desabafos, das indiretas

É em você que esta a história, ou como gostariam que ela fosse

É em você que os rostos são desenhados, as idéias descritas

Os projetos a serem executados, sua superfície branca talvez

Liberte nossa imaginação e é irresistível

Não rabiscar, apagar dobrar amassar...

Muito conhecimento em ti reside depois que as mãos sábias lhe transferiram a palavra, muitos ainda não entendem ou não vêem interesse em ti...

Muitos ainda recorrem a suas páginas recobertas de gravuras, informações, ditados e lições,

De sentimentos e poeira como antigamente, mas tu tens perdido espaço...

Mesmo este que escrevo é um papel imaginário, como muita coisa de hoje em dia...

Mas nós atrelados as paixões e lembranças ainda permitimos o romantismo da aparência

Tu ainda que não papel, continuará a ser papel, branco amarelado, com imagens esmaecidas

Ainda é papel...

E qualquer um que abra este papel chamado de arquivo de texto ainda terá a sensação de abrir as páginas

De um livro, assim espero de ti, que passa os olhos nestes novos pergaminhos espalhados pela rede...

E onde houver uma face apática a vontade do palhaço de trocá-la por um sorriso irá surgir...

Assim há de surgir um (a) novo (a) poeta (isa), junto com ele (ela) a vontade, não de guiá-lo (la), mas de fazê-lo (la) perder-se ainda mais no mundo dos sentimentos

E onde houver uma mente curiosa haverá ainda livros para saciá-la, poesia para encantar e pensamentos para refletir...

Assim minha criatividade como ave frente à brisa sem muito pensar abre as asas, eu com minha pluma imaginária aqui deposito minhas palavras...

e não importam o que digam ou o quanto avancemos no tempo...

Ainda serão escritas em um pedaço de papel...

Zeu Rodrigues
Enviado por Zeu Rodrigues em 17/07/2015
Código do texto: T5314452
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