Sortilégio da vida

Magnetizando as formas alabastras

Diante das opulências tenebrosas,

Crescendo nos versículos das aras

As famílias das covas horrorosas.

Exprimido o mistério das opalas

Translúcidas nas artes vaporosas

E no desnudo salmo das cabalas...

Entre as linhas das selvas nebulosas,

Por solares eflúvios das cromáticas

Pérolas dessas pênulas da Lua,

Desvanecem na bela forma nua.

Nas Lívidas roseiras aromáticas;

Sáxeas bordas argênteas de mistérios,

Opalinas esferas controversas

Sucumbido dos pêndulos aéreos

Nessa zodíaca força vil, dispersa

Encontrando a virente verdadeira

Rorejada dos vis frutos cinéreos,

As famintas estrofes das caveiras

Num sortilégio mórbido e funéreo!

Marquês Louback
Enviado por Marquês Louback em 18/06/2007
Código do texto: T532282