Ouro de Pisom
Através dos séculos, por Deus é dada tua graça
Diante da face dos homens
Tuas águas remontam aos tempos da Criação
E aplacaram a sede dos filhos da Assíria
Em teus amistosos vales, repousa ó paz!
Tua prata retribui em gloriosos raios os favores do sol
E teu ouro a ganância do homem reflete
O homem, em seu pecado, recorre a tuas margens
A lavar de suas mãos o sangue de sua culpa
És o vestígio da aliança quebrada
Porquanto no jardim que te abriga,
Presenciaste a morte do homem
E este foi lançado para fora do Paraíso
Para da terra tirar seu próprio sustento
Pois da árvore da vida, não mais comeria
E eis que o fruto do homem comete o primeiro homicídio
E eis que ainda correndo tuas águas,
Continua tua prata a cintilar, e teu ouro, continua a matar
E eis que através dos séculos
Infindáveis e sangrentas pelejas sucederam-se
E suceder-se-ão por toda a terra