Ouro de Pisom

Através dos séculos, por Deus é dada tua graça

Diante da face dos homens

Tuas águas remontam aos tempos da Criação

E aplacaram a sede dos filhos da Assíria

Em teus amistosos vales, repousa ó paz!

Tua prata retribui em gloriosos raios os favores do sol

E teu ouro a ganância do homem reflete

O homem, em seu pecado, recorre a tuas margens

A lavar de suas mãos o sangue de sua culpa

És o vestígio da aliança quebrada

Porquanto no jardim que te abriga,

Presenciaste a morte do homem

E este foi lançado para fora do Paraíso

Para da terra tirar seu próprio sustento

Pois da árvore da vida, não mais comeria

E eis que o fruto do homem comete o primeiro homicídio

E eis que ainda correndo tuas águas,

Continua tua prata a cintilar, e teu ouro, continua a matar

E eis que através dos séculos

Infindáveis e sangrentas pelejas sucederam-se

E suceder-se-ão por toda a terra

Isaque
Enviado por Isaque em 24/06/2007
Reeditado em 28/06/2007
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