Liberum-Delirium XVIII
Pegue o Mar-Vermelho
Coloque-o sobre um fogareiro
Ajunte deserto-ilha e círios
Pedra-pumes, pó, pau d’arco
Ciscos, gravetos e veleiros
Lírios, castelos de-lirium
Jogue-os todos nas profundas
Mais uma pitada de sal
Mil gotas de adoçante
Cinco riscos de raio de sol
Uma banda da lua, outra de batata
Sete-estrelas, um bicho cem cabeças
Inda vísceras, miolo dos piolhos
Do lobisomem, presas dum vampiro
Sete-dias e sete-noites em banho-maria
_ E daí?! alguma novidade?
Eh! Talvez, às escuras seja poesia
_ Mas, pra quê serviria?
Ah, não?! divertido, simples e inútil
Porém, toma-se três vezes ao dia
Acredite? vira inutilidade pública