Liberum-Delirium XXXIV

Longe de tudo e de todos

Asnos inda não identificados

Dentro da mensagem ignota

Por hora, grandes cabrestos

Na insignificância do riso

Quando, do vírus tira-se cabelos

E o que mais há pra brotar

Nesse jardim infestado de-lirium

Ora, que asno há no meio da lua?

De repente, não mais que de repente

Repentinamente o cântaro sem fundo

Sem bonsai, sem húmus nem paredes

Sobre uma ponte feita de alfinetes

Não!? desta feita até o asno sorri...

Mas, aqui não! nem choro nem velas

Só o Corifeu desmiolado

Ao som dos velhos long-plays

Buscando rimas fora de órbita

Dentre cálculos algébricos

No estojo de achados e perdidos

Sob léguas de trevas no tempo-ranço

Gilberto Oliveira
Enviado por Gilberto Oliveira em 08/10/2015
Código do texto: T5408324
Classificação de conteúdo: seguro